terça-feira, 17 de novembro de 2009

Do esquerdismo de minuto

Primeiro, queria pedir desculpas a todos aqueles que visitaram massiçamente o blog nas últimas semanas e não encontraram nenhuma postagem nova. Desculpa por não fazer um título mais claro pra ele. Dito isso, bola pra frente...

Bom, eu poderia estar falando do apagão que me deixou meio tenso sem poder usar o Twitter e sem poder ver Ídolos (ainda bem que reprisou na quarta, ufa!); eu poderia estar falando de variações de vestidos e vaias em ambiente acadêmico de luxo; eu poderia até mesmo estar falando sobre o novo CD da Lady Gaga ou a estréia de Lua Nova nos cinemas (ou seja, eu podeira conseguir mais leitores); mas não... estou aqui hoje, amigos, para falar de política.



Quem me conhece, deve estar pensando "Meu Deus, mas o Breno odeia política". Sim, odeio. Odeio por ser obrigado a votar em um país que se entende por democrático. Odeio por ser obrigado a ver a cada dois anos políticos mais e mais sujos entrarem no poder e nada mudar. Mas o assunto não é bem esse... Bom, eu já disse que vou falar de política e vocês já leram o título do post. Logo, tudo fica claro.

Acontece que na minha ilustre faculdade está acontecendo este mês a votação para diretor. De um lado, um cara que defende a atual 'gestão' e do outro uma safada desorganizada que quase me acabou com a minha vida #LeonaFacts. Obviamente, não farei aqui nenhum tipo de campanha política porque OI, ninguém que entra aqui é da minha faculdade, mas a nível de exemplificação, acabarei tecendo certos comentários.

Visto de longe e partindo da minha maneira egocêntrica de enxergar as coisas, o candidato do 'governo' é o melhor mesmo. Eu conheço ele? Não. Eu conheço a proposta dele? Menos. Só voto nele (voto secreto, quem curte) porque a outra eu conheço, embora preferisse não ter tido o desprazer. Embora eu não tenha sido o único a ter tido problemas com ela, durante os debates que vem acontecendo na faculdade (hoje foi um deles), venho percebendo uma coisa: muitas pessoas (estudantes principalmente) defendem e apoiam a tal da mulher.

Isso me fez pensar. Não entrava na minha cabeça que qualquer pessoa que tivesse tido aula com uma mulher que não conseguia se organizar pra tomar conta de 30 alunos pudesse achar que ela daria conta de, sei lá, 3000, acho. Até que hoje finalmente um estalo de fez. As pessoas só apoiam a candidata despreparada (pra sentirem, ela errou o nome da própria chapa) porque ela é a oposição.

Chegamos agora no conceito que eu chamo de pseudopoliticagem (coloquei o hífen e tirei). As pessoas não conhecem a proposta dela - ela só foi entregar panfletos de 'propostas' hoje na hora do debate quando o outro já tá fazendo isso faz mais de uma semana -, então o que elas defendem? A mudança. Que mudança? Nem elas vão saber responder. O simples feeling da mudança, seja ela qual for, causa nas pessoas um furor que me impressiona pela inconsistência.

Se eu acho isso errado? Indiferente pra mim. Já falei, não gosto de política. Mas nesse caso particular, que me envolve por questões pessoais, me afeta um pouco e me faz pensar. Ano que vem teremos eleição e me pergunto: quantas pessoas que apoiaram o Lula quatro ou oito anos atrás vão continuar apoiando o PT? O PT agora representa a 'direita', o que está no poder, o que controla. Do outro o PSDB (era esse o partido do FHC, né?) agora é a esquerda. Que irônico, não?

Uma vez vi pessoas dizendo "Sou esquerdista", sem nem, como eu, saber o que quer dizer profundamente. Mas, até onde consta no meu vago conhecimento político, o termo 'esquerda' é tão vago quanto meu conhecimento político, pelo menos na superfície. O que é direita hoje, pode ser esquerda amanhã. E aí, parça, qual vai ser? Trocar de partido ou de visão ou de candidato a cada quatro anos? Como eu disse, inconstante.

Não sei se a pessoa que eu não posso falar o nome (sente o ódio) vai ganhar pra diretora da faculdade. Só sei de duas coisas: primeiro, ela vai estar na minha formatura e eu vou vaiar como fiz nos debates; segundo, ela que aproveite a gestão de quatro anos porque na próxima ela é a direita e aí, no meio dos pseudopolíticos que enchem a faculdade de bostas políticas, ela vai sambar bonito. Espero ser convidado pra ver isso, se não for esse ano.

2 comentários:

Giovanna disse...

Aplaudi de pé 3 vezes.

Érika Zemuner disse...

Hum... Existe diferença entre a origem dos termos "esquerda" e "direita" e a posição de uma pessoa em relação à gestão governamental vigente. É meio complexo...