quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Do fim (do ano)


Começo o post de hoje (o próximo só em 2010, hein K K K*) com uma reflexão sobre o título do mesmo. Penso por vezes que o título mais apropriado não seria "Posto quando der", mas "Posto quando me lembrar que tenho um blog". Ainda assim, o título seria mentiroso, uma vez que meia dúzia de fãs incondicionais deste blog de muito sucesso me lembram da existência dele assim... semanalmente. Enfim.

O fim é uma das partes mais peculiares e previsíveis do ano. Não só pela certeza de que ele acabará (risos), mas também pelo comportamento das pessoas (e ignorarei aqui aqueles óculos ridículos com 2000, 2001, 2002, etc já que esse ano não vai ter isso, thanks God). Aí tu diz "ah, natal também é tudo igual". ó, nem é. Pode parecer igual, mas sempre muda alguma coisa. Aquela criança que cresce e não coloca mais o sapatinho na janela, a tia que esse ano te deu meias ao invés das cuecas de sempre, aquela criança reclamando que preferia ganhar um brinquedo, o pré-adolescente que tenta esconder a alegria de ganhar um brinquedo dizendo que não é mais criança. Fora que sempre tem um pra tentar um prato novo no dia da ceia de natal, aí fica aquele prato lá intocado, todo mundo fingindo que não viu pra disfarçar o climão. Mas fim de ano, não.

A família toda de branco (dois ou três de amarelo pra "atrair dinheiro"), aquela lentilhinha pra atrair dinheiro, as sete ondinhas (se você não mora em lugar de praia, insira aqui sua tradição) para trazer muita luz luz luz e dinheiro, aquele bando de gente com barquinhos para Iemanjá para iluminar o novo ano que se abre. No resumo, aquele bando de superstição pra trazer muita alegria, paz, properidade, amor (#solteiricefacts) e dinheiro. Vem cá, adianta?

Se metade das simpatias de fim de ano funcionassem, as pessoas certamente seriam bem mais felizes durante o ano e, principalmente, não reclamariam da falta de dinheiro. O mais legal é que nego faz as mesmas tradições todo ano e nunca funcionam. Aí, quando uma vez na vida, ganham uma mariola mofada na rifa do barzinho da esquina vibram e pensam "Ai, ainda bem que fiz aquela promessa dia 31 (sim, normalmente as pessoas esquecem o "de Dezembro", como se só o mês doze tivesse trinta e um dias)" #Eywahasheardyoufeelings

Isso só demonstra a necessidade que as pessoas sentem em se apegar a ações. Tipo, para maioria das pessoas não basta apenas acreditar e torcer pro ano novo ser bom e tal, elas necessitam de um ato que possa servir de gatilho pras coisas que, inevitavelmente, virão (ou não, hein), como se única e exclusivamente o fato de elas fazerem aquilo fosse trazer algo de positivo para vida delas, como se elas estivessem fadadas a vagar na escuridão dos tempos se não colocassem aquele branquinho-básico para ver o Show da Virada na globo. De certa forma, é até triste pensar assim.

Bom, por esse ano é isso pessoal, agora eu tenho que ir lá que a lentilha tá quase pronta...


*Não podia deixar de fazer uma das muitas piadinhas toscas de fim de ano que aquele seu tio bêbado provavelmente fará.